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Pré-venda do livro "Reviravoltas" de Richard Günter

Atualizado: 9 de out. de 2020

Reviravoltas vol.1: histórias para ler em 15 minutos | Richard Günter, 2019.

Eis aqui um desafio. Você consegue ler este livro em 10 dias? É um conto por dia. Nem um a mais, nem um menos. Você levará no máximo 15 minutos em cada história lida. Você topa?

Ao folhear as páginas você vai se deparar com um empresário que descobre na borra do café o futuro trágico de um ente querido; um jovem estudante que ganha alguns milhões de reais, mas é misteriosamente roubado;  uma adolescente que ajuda seu primo a curá-lo da homossexualidade; um rapaz que encontra na fé o poder realizante; um homem que acorda vinte anos depois de um coma; entre outros personagens com trajetórias marcantes.

​Está preparado para iniciar essa leitura cheia de REVIRAVOLTAS?


Com lançamento previsto para Outubro, o livro já pode ser garantido na pré-venda.

Reserve o seu agora mesmo!


R$29,97

ENTREGA A PARTIR DE OUTUBRO DE 2019

FRETE GRÁTIS COM ENTREGA PARA TODO O BRASIL

Pagamento Via PagSeguro

Aceita: Todas as bandeiras

2x sem juros

5x com juros do cartão

12x acima de R$60,00 (com juros do cartão)



 

PREFÁCIO:

DESDE MUITO CEDO ME INTERESSEI por criar e escrever histórias no papel. Quando criança tive bastante referência literária ficcional na escola, mas eu era mais apegado às novelas. Estudava durante o período da manhã e à tarde podia brincar à vontade, desde que fizesse minha lição de casa. Eu gostava de carrinho, de pique-esconde, de taco, mas, entre todos os meus amiguinhos, eu era o único que gostava de escrever como forma de diversão.


Certo dia assistindo a novela O Clone decidi escrever as cenas numa folha de caderno, para que eu pudesse decorar as falas. Mas queria ir além. Convidei minhas primas para “brincar de novela”. Passávamos as tardes reencenando a trama de Jade e sua amiga fiel escudeira Zoraide, com direito a trilha sonora nacional e internacional, que acompanhava cena a cena.


Porém, aquela brincadeira ficou pequena pra mim. Eu queria mais. Deixei de copiar as falas das novelas e passei a criar as minhas próprias histórias. Cada folha de caderno, frente e verso, era um capítulo construído. Eu podia colocar tudo ali, desde que na última linha tivesse o “Tcharãn”, aquela cereja do bolo, que aguçasse a curiosidade de quem brincava comigo. Afinal, se não tivesse graça aquele capítulo, muito provavelmente eu não teria companhia para brincar no dia seguinte.


Eu fui crescendo e me afastando dessas primas e amigos que me acompanhavam nessa incrível brincadeira. Porém, nunca abandonei a escrita. De vez em sempre quando pedia uns trocados para minha mãe para que eu pudesse gastar no minimercado que havia na esquina de casa. Para sua surpresa, eu não voltava com doces, mas sim com cadernos. Eu queria escrever, escrever e escrever. Assim foi minha infância e adolescência.


Aos 11 anos de idade entrei pra igreja e me engajei na área teatral. Fui por um bocado de tempo o “guri” que agitava as peças para serem apresentadas no culto. Mas certo dia apareceu por lá uma máquina digital que filmava. Logo tive a ideia de fazer uns vídeos com as crianças homenageando os pais. Em uma semana consegui montar tudo e rolou muito choro e emoção durante a apresentação. Porém, por algum motivo não me deram o espaço que eu gostaria. Assim, fui procurar o cinema fora da igreja e nunca mais voltei fisicamente, mas um pedacinho do meu coração continua lá.


Já com 17 anos fiz meu primeiro curso de audiovisual e fiquei encantado com aquela magia por trás das câmeras. Eu queria filmar, eu queria escolher o elenco, as músicas, eu queria tudo, mas queria principalmente contar uma história. Mas a vida realmente é muito doida. Ora, em 2005 as coisas eram bem mais complicadas para quem queria filmar e editar em casa. Envolvia muito mais grana do que hoje. Fora que meus amigos já estavam grandes e poucos eram desinibidos a ponto de aceitar minhas ideias malucas. Mas, com muita garra, fiz alguns curtas amadores que até hoje servem para a gente rir e relembrar que vivíamos num tempo bom.


Anos mais tarde me formei em jornalismo e logo emendei uma pós-graduação em Roteiro Audiovisual. Bem, meu sonho sempre foi fazer cinema, mas têm coisas que a gente não sabe muito bem explicar, a gente só sente. Mas como há sempre uma coisa boa pra acontecer na vida da gente, eu segui a intuição.


Eu morava em Porto Alegre e decidi largar o jornalismo já com cinco períodos concluídos. Meu objetivo era ir para o Rio de Janeiro e me graduar, definitivamente, em cinema. Mas acabei conhecendo pessoas importantíssimas nesse meio caminho, como uma professora de um curso rápido que fiz na área.


Ela percebeu que meu maior desejo era o de escrever, então acreditava que eu deveria finalizar o jornalismo e depois me especializar em roteiro. Em certo momento, conheci uma outra pessoa que disse: “eu tenho um amigo que é roteirista de TV”. Não quis pedir contato, mas fiquei com aquele nome na cabeça, “Alê”, afinal eu queria trocar uma ideia com essa pessoa. Vasculhei pelo Youtube todas as obras que foram citadas nessa conversa e lá o encontrei nos créditos de abertura das obras. O tal “Alê” era o novelista Alessandro Marson, autor das novelas Novo Mundo e Nos Tempos do Imperador. Resolvi mandar um e-mail pra ele e, por incrível que pareça, eu recebi uma resposta, que era muito parecida com a daquela professora. Em menos de uma semana firmei meus sonhos novamente e fiz transferência do jornalismo, graduação na qual me formei na Cidade Maravilhosa.


Assim que terminei, já emendei a pós em roteiro, onde conheci uma turminha boa, mas também acabei por colocar meus pés no chão. Ser roteirista em qualquer lugar do mundo é um ofício bastante difícil e burocrático. Existem diversos incentivos, editais e festivais, mas para a maioria deles é preciso CNPJ para participar, ou seja, você precisa estar vinculado a uma produtora. Bem, no meu caso que tenho pouca grana para investimento próprio se torna mais dificultoso ainda. Mas claro que isso não fez com que eu deixasse de sonhar.


O que me desanimava um pouco era saber que minhas histórias estavam engavetadas. O maior erro do criador é resguardar suas próprias obras. Mas como dar vida à história se produzir vídeo é tão difícil? Bem, eu sugiro que você formate seu projeto dentro dos moldes exigidos e dê a cara a tapa. Chega e oferece às produtoras. Mas se eu levar um não? E quem não leva, não é mesmo? risos.


Depois de muito relutar tomei minha decisão definitiva: vou transformar em literatura todas as minhas histórias criadas para o audiovisual, sejam meus curtas, meus longas, meus projetos de documentário e até aquelas novelas. Por que não? Certamente vou me sentir mais realizado em saber que minhas histórias estão circulando de alguma forma por aí. E vai que cai nas mãos de uma produtora que se interesse? Que Deus me ouça!


A partir das próximas páginas você vai entrar nas histórias que criei durante anos pensando em produzir para o audiovisual, mas que não saíram do papel. Porém, agora, tomaram vidas e seguem firmes nessas páginas.


~ Richard Günter


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